Pular para o conteúdo principal

O QUE É UM CRISTÃO?


Certa vez, fui com o pastor e alguns irmãos da 1ª IEC de Guarabira,  celebrar um culto ao Senhor em um sítio nas redondezas da cidade. Ao término do culto, uma senhora de uma religião que, tem como seu principal carro chefe, o culto às criaturas de Deus, que já faleceram, chegou-se para nós e disse: Todos nós somos cristãos! Essa senhora, era uma adoradora de ídolos daquela religião. Ela falava em Jesus, mas, o seu coração não era totalmente dele; ele era totalmente fracionado para uma porção de objetos de culto. Ela foi ensinada a dizer que era cristã, mas, de uma forma mecânica; falando sem saber o  que estava dizendo realmente.

Mark Dever, em seu livro, O Que é Uma Igreja Saudável, descreve um cristão da seguinte maneira: “Um cristão é alguém que, antes e acima de tudo, foi perdoado de seu pecado e reconciliado com Deus, o Pai, por meio de Jesus Cristo. Isso acontece quando a pessoa se arrepende de seus pecados e coloca sua fé na vida perfeita, na morte substitutiva e na ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Em outras palavras, um cristão é alguém que se esgotou a si próprio e todos os seus recursos morais. Reconheceu que, em desafio à lei de Deus, havia dedicado sua vida à adoração e ao amor às coisas, e não a Deus – coisas como a profissão, a família, aquilo que o dinheiro pode comprar, a opinião das pessoas, a honra de sua família e da comunidade, a favor dos falsos deuses de outras religiões, aos espíritos deste mundo ou mesmo às coisas boas que uma pessoa pode fazer. Também reconheceu que esses ídolos são senhores duplamente condenatórios. Seus apetites nunca são satisfeitos nesta vida. E provocam a ira justa de Deus na vida por vir, uma morte e um julgamento, dos quais o cristão experimenta um pouco nas infelicidades deste mundo. Portanto, um cristão sabe que, se tivesse de morrer hoje à noite e comparecer diante de Deus, e Ele lhe dissesse: ‘Por que devo permitir que você entre na minha presença?’ O cristão diria: ‘Senhor, não deves deixar-me entrar. Tenho pecado contra Ti e tenho para contigo uma dívida que sou incapaz de pagar’. No entanto, ele não pararia aí. Continuaria: ‘Mas, por causa de tuas grandes promessas e misericórdia, confio no sangue de Jesus Cristo que foi derramado como substituto por mim e pagou o meu débito moral, satisfazendo as tuas exigências santas e justas e removendo a tua ira contra o meu pecado!”

Quem tem esse conceito do que é ser cristão? Quem sabe que seus pecados, original e atual, isto é, pecados do passado, do presente e do futuro, já foram perdoados? Você pode está apensando que se isso fosse possível  seria muito bom. Mas, é assim mesmo! É porque nenhuma condenação há para quem está em Cristo Jesus (Rm 8:1). O fato é que Jesus Cristo carregou com os nossos pecados todos. É por isso que o cristão verdadeiro confessa a salvação.  O cristão verdadeiro é um santo, um salvo, um filho de Deus, um herdeiro de coisas que Deus preparou para ele, que os olhos humanos ainda não viram, nem os ouvidos ouviram, e nem jamais penetrou no coração humano.

O que não cristão não é? Um cristão não é amigo do pecado, da corrupção, da imoralidade, da velhacaria, das glórias humanas, das impurezas, do dinheiro mal adquirido, da adoração à criatura humana, à aves, a quadrúpedes e répteis. 

Um cristão verdadeiro não é amigo da mentira, seja ela espiritual ou moral. Um cristão verdadeiro não é amigo da ignorância espiritual; ele não despreza o conhecimento de Deus. Um cristão verdadeiro não é amigo da injustiça, da malícia, da avareza, e da maldade; não é uma pessoa possuída de homicídio, contenda, dolo e malignidade.  Um cristão não faz leis injustas que obrigam as pessoas a violarem as leis de Deus; não é um inventor de males. Um cristão verdadeiro não é inimigo da Bíblia Sagrada, pois ela é um oráculo de Deus para a humanidade.

Há muitos anos atrás, um homem foi morto em um prostíbulo. A notícia logo se espalhou, porque a vítima era muito conhecida na cidade. A esposa de um amigo meu, lamentou o assassinato dizendo não entender como se matava um homem daquela qualidade; um homem de bem, segundo sua análise.  O esposo disse: Fulana, um homem de bem não lê nem uma revista suspeita, quanto mais está de duas horas da madrugada num cabaré

Nunca esqueci isto. Hoje a gente vê líderes de comunidades eclesiásticas, não somente lendo, mais falando e mirando na tela, filmes pornô; e não somente isto, mas praticando imoralidades até com crianças. Só pode ser o fim! 

Mas, ainda há tempo de arrependimento. Jesus Cristo chama os seres humanos a se tornarem seus seguidores; e quando o ser humano que está soterrado no pecado, atende o seu convite, se torna verdadeiro cristão. Jesus Cristo lhe perdoa e lhe salva.  Feito isto, diz Ele: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou (que é Deus) tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24).


Pr. Luiz Dias

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BATISMO ENTRE OS JUDEUS

No Antigo Testamento, ou melhor, na Antiga Aliança, o batismo não era algo desconhecido para os judeus.  Sacerdotes e levitas, perguntaram a João Batista por que ele batizava (Jo 1:25). Por quê perguntaram? Porque isto não era trabalho do profeta. Reconheceram o rito que João estava praticando, só não entenderam o porquê do mesmo está batizando, tendo em vista que esse não era comum aos profetas. Caso João Batista estivesse praticando um rito estranho, diferente do habitual, certamente, teriam questionado acerca dele.  Aquelas classes religiosas conheciam muito bem as diversas abluções que haviam sido instituídas pelo ministério de Moisés. Batismo nas Leis Cerimoniais Davis,  em seu Dicionário  da Bíblia (1990, p. 74), falando sobre os batismos das Leis cerimoniais da Antiga Aliança, diz: “ O rito de lavar com água simbolizando a purificação religiosa, ou consagração a Deus, era usado pelos israelitas com muita frequência, conforme as prescrições le...

BATISMO DOS PROSÉLITOS DO JUDAÍSMO PODE SERVIR DE BASE PARA O BATISMO CRISTÃO?

O proselitismo judaico foi um movimento que surgiu para arrebanhar os gentios para a religião judaica. Era um trabalho feito com muita dedicação, pois eles iam longe para fazer um prosélito. Porém, Jesus falou que tudo aquilo, era feito com hipocrisia, e resultava não em salvação, mas em condenação dupla; por isso sentenciou:  “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós”   - Mt 23:15. Bukland (1981, p. 62, 63), explicando o que é um Prosélito, diz:  “PROSÉLITO.   Um estrangeiro.   Era o nome que os judeus davam àqueles que não eram judeus por nascimento, mas que vinham viver no seu país, colocando-se sob a proteção do Senhor; e também eram chamados prosélitos os que abraçavam a religião judaica noutras terras. No N. T. algumas vezes se lhes dá o nome de prosélitos, e outras vezes o de ‘piedosos, tementes a Deus’ - At 2:11; 10:...

O DÍZIMO É PARA O PASTOR OU PARA A IGREJA?

Pastor protestante de verdade, de uma igreja protestante de verdade, não é a igreja, e nem a igreja é o pastor. Ele é um membro da igreja como qualquer outro membro, apenas exerce uma função sacerdotal que exige mais responsabilidades que os demais membros da igreja.  O dízimo, ou qualquer outra nomenclatura que se queira dar às oferendas que os membros de uma igreja, voluntariamente lhe entregam, não são para o pastor, mas, para a igreja administra-los em favor do serviço missionário. O pastor é digno da sua manutenção, como diz a Bíblia. No entanto, essa manutenção não arbitrária, mas, decidida em assembléia pelos próprios membros. Se existem "pastores" que embolsam o dinheiro da igreja, deve ser ladrão igual a Judas Iscariotes, e não um servo de Jesus Cristo. Uma igreja protestante de verdade, tem uma administração montada pelos próprios membros que elege seu tesoureiro, o qual é fiscalizado, não só pelos administradores, mas, também, pelos próprios membros da igr...