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A Origem da Salvação

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A salvação dos homens é um decreto de Deus que visa a sua própria glória. Foi idealizada antes mesmo de haver mundo; antes mesmo do homem ser formado; e, antes haver pecado. Por isso, a salvação do pecador é uma obra exclusiva de Deus.
É Deus que começa o processo de redenção, e não o homem. Por isso o Artigo diz que “Esta salvação procede do infinito amor do Pai”. Não foi, não é, e nunca será uma iniciativa humana. Se dependesse do homem, jamais este andaria na direção de Deus; somente fugiria como fez Adão e sua mulher, “Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração  do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” (Gn 3:8). Por acaso, Adão não representa a raça humana? Somos galhos deste tronco, e herdamos as suas características, logo, não podemos pensar que somos diferentes dele. Herdamos o fútil procedimento de nossos pais (1 Pe 1:18), e um destes, é fugir da presença de Deus. Por isso, “...o Pai deu Seu Filho para salvar seus inimigos”.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16).
É Deus quem chama o pecador: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamado à comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor” (1 Cor 1:9).
A queda espiritual do homem, não foi uma surpresa para Deus. Ele sabia que o homem pecaria e, com ele, toda a raça humana cairia. Então, entre os caídos no pecado e, condenados à morte, ele escolheu em Cristo, aqueles que Ele bem quis: “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele.” (Ef 1:4). Portanto, é Deus quem escolhe para fazê-los santos no meio de uma geração pervertida.
Se alguém confessa ser escolhido de Deus, mas, não vive uma vida de santidade, sua confissão é vã. Quem acha que foi escolhido por Deus, examina-se, para ver se está fazendo a diferença, e busca a santificação em Deus, pois sem a mesma ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
Deus não é injusto em escolher alguns para a salvação e rejeitar os demais (Rm 9.20-21). Deus não é obrigado a salvar nenhum pecadores.  Se Ele fosse obrigado, não seria por amor, mas por um dever seu, como que fazendo justiça aos homens. Tem até gente pensando em exigir seus direitos diante de Deus. Mas, não é assim: o próprio homem foge de Deus acusado pela sua própria consciência. Eles mesmos professam com suas próprias bocas que todos são pecadores. A Escritura Sagrada, também atesta esse fato: “Como está escrito: não há justo nem sequer um.” (Rm 3:10).
Ora, se todos são injustos, porque são pecadores, Deus tem o dever de salvar-nos? Não! Mas, Ele revela o seu amor àqueles que bem quer (Rm 8:28-30), e isto Ele faz pela sua graça. “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” (Rm 11:6). Se dependesse de alguma obra dos homens, não seria a graça de Deus, mas, uma recompensa pelas “excelentes” obras praticadas pelo homem.
“Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos.” (Rm 11:7). Deus é quem elege os que irão salvar-se; o restante, fica na dureza dos seus próprios corações impenitentes. “Logo, tem ele misericórdia de quem quer, e também endurece a quem lhe apraz.” (Rm 9:18).
Finalizando, falemos um pouco sobre a chamada para obra de salvação. Como é que pecador é chamado ao arrependimento? Há duas maneiras de se falar sobre a vocação:
a) Interna ou eficaz: esta é somente para os eleitos. Só estes ouvirão a voz do Bom Pastor e os seguirão (Jo. 10:27-29). É a pregação usada pelo Espírito Santo para abrir o coração do pecador;
b) Externa: É semelhante à chuva que molha tanto a terra boa, como a ruim (Hb 6:7-8). Alguns dos não eleitos seguem o Evangelho; muitos se revelarão logo, ainda em vida, como não sendo eleitos. Outros, só mais tarde, no juízo final, a exemplo do joio que só no final será separado do trigo, o qual, mesmo escandalizando o Evangelho, não deve ser arrancado (Mt 13:24-30 e 36-43).
O crente verdadeiro deve, diariamente, agradecer pela bênção de ser filho de Deus Pai, amado pelo infinito seu infinito amor, salvo pela sua graça revelada e em Seu Bendito Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu para salvar quem não merecia, tendo em vista que o ser humano é inimigo de Deus, pois lhe afronta diariamente violando sua Santa Lei.




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